A evolução tecnológica na indústria tem proporcionado a fabricação de produtos com qualidade cada vez maior e características únicas. Novos materiais são pesquisados e desenvolvidos todos os dias. Destacamos aqui o grafeno e o nanomaterial em plásticos. Confira esta entrevista com Alexandre de Toledo Correa, Diretor Geral da empresa Gerdau. Veja como a empresa está desenvolvendo suas pesquisas com grafeno e os benefícios para indústria do plástico. Materia extraída da revista “Plásticos em revista” de junho 2021. www.plasticosemrevista.com.br Entrevista com Alexandre de Toledo Correa Diretor Geral da empresa Gerdau Empresa da Gerdau fornecerá masterbatches com grafeno Gerdau Graphene abre caminho para o nanomaterial em plásticos

O grafeno é um nanomaterial que constitui uma das formas cristalinas do carbono, um dos melhores condutores térmicos e um dos materiais mais resistentes e duros conhecidos. Suas propriedades óticas permitem a passagem de quase 98% da luz incidente, além de ser extremamente flexível e impermeável. Esses atributos levaram a Gerdau, nº1 nacional em aço, a somar quatro anos de pesquisa do mineral, firmar parceria em 2019 com o Centro de Inovação de Engenharia de Grafeno da Universidade de Manchester, no Reino Unido, e a lançar oficialmente em abril deste ano a unidade de negócios Gerdau Graphene, sediada em São Paulo e com filial nos EUA. “A Gerdau Graphene entra no mercado de forma singular por sua aposta em tornar a produção do material viável comercialmente e em larga escala”, sublinha o diretor geral Alexandre de Toledo Corrêa. As oportunidades em plásticos figuram na linha de frente dos mercados na mira da desenvolvedora de grafeno.

Quais os procedimentos básicos para o processamento de grafeno em termoplásticos? Para maximizar o desempenho do grafeno  é necessário que ele seja adequadamente exfoliado, disperso e distribuído na matriz polimérica. Esse processo apresenta alguns desafios tecnológicos, tendo em vista que, devido às características morfológicas, o grafeno tende a se aglomerar, dificultando a dispersão. O processo também varia muito de acordo com o tipo do termoplástico, sua matriz, cargas, outros materiais etc. Para simplificar o processo para nosso cliente final, a Gerdau Graphene irá desenvolver e fornecer masterbatches com grafeno previamente disperso. A homogeneização, assim como uma dispersão adicional, ocorrerá durante os processos de transformação e conformação do artefato.

Por quais motivos, conforme tem sido divulgado, o grafeno de 5 a 10 camadas é mais adequado que o tipo de 6 a 10  para uso em plásticos? O termo ‘grafeno’ é usado comercialmente para significar uma variedade de materiais – algumas vezes, inclusive, materiais que, tecnicamente, não são classificados como grafeno pela academia. Contudo, quando falamos em grafeno, várias características devem ser levadas em consideração e não apenas o número de suas camadas. O número de camadas é uma variável importante, mas existem outras, como o tamanho lateral do material,  sua pureza, a quantidade de oxigênio e outros elementos de superfície. O conjunto destas características é que irá determinar, para cada aplicação pretendida, o grafeno mais adequado. Portanto, não concordamos que necessariamente o grafeno de 5 a 10 camadas é, genericamente, o mais adequado para uso em plásticos.

Quais os aprimoramentos proporcionados pela incorporação do grafeno nas propriedades dos plástico requeridas para produtos transformados flexíveis e rígidos? O grafeno é um material multifuncional, permitindo a melhoria de desempenho simultâneo de diferentes propriedades, tais como as mecânicas, químicas, elétricas, óticas e térmicas. O correto é se adaptar a aplicação, escolha e dispersão de grafeno de acordo com a especificação do projeto e/ou produto no qual se trabalha. No plástico, o grafeno pode ainda atuar com propriedades de barreira, inclusive antiviral, bactericida e fungicida – que possuem grande demanda atualmente. A maximização de cada propriedade depende de diversos fatores, entre os quais o tipo e a quantidade de grafeno adicionado ao polímero, assim como a técnica de sua dispersão. E cada mercado ou cliente terá demandas diferentes para os seus produtos.

Qual a relevância da indústria do plástico na estratégia de mercado da Gerdau Graphene? A aplicação de grafeno em materiais plásticos é um dos cinco mercados-chave para a Gerdau Graphene. Temos hoje  no Brasil projetos focados na aplicação do grafeno em embalagens flexíveis secundárias, tipo shrink e stretch (sem contato direto de alimentos), plásticos de engenharia e plásticos para o setor automotivo. A relevância está bem além do consumo atual do material e possui ainda rápida base de expansão.

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